Erupção de Janeiro de 2020

Taal, Filipinas

O Philippine Institute of Volcanology and Seismology (PHIVOLCS) informou que a sismicidade no vulcão Taal começou a aumentar no dia 28 de março de 2019 e flutuou entre níveis moderado e alto ao longo do ano e até 2020. Um enxame sísmico sob o vulcão Taal foi identificado às 11h00min de 12 de janeiro e uma erupção freática começou às 13h00min. A atividade eruptiva inicial foi caracterizada pelo aumento da emissão de vapor em pelo menos cinco condutos na cratera principal e explosões freáticas que geraram plumas que atingiram 100 m de altura. Nesse momento o PHIVOLCS elevou o Nível de Alerta para 2 (em uma escala de 0 a 5) e lembrou ao público que toda a ilha do vulcão (o cone principal de Taal) está em uma Zona de Perigo Permanente (PDZ).

Por volta das 14h00min estrondos foram ouvidos em Talisay, Batangas (4 km NNE, todas as distâncias são medidas a partir do centro do lago Main Crater). A atividade aumentou as 14h04min; tremores vulcânicos e terremotos sentidos localmente foram acompanhados por uma nuvem de erupção que ascendeu 1 km. Cinzas caíram na parte sul-sudoeste de Taal. O Nível de Alerta foi elevado para 3 e a evacuação de povoados de alto risco foi recomendada. A atividade voltou a se intensificar por volta das 17h30min, levando o PHIVOLCS a aumentar novamente o Nível de Alerta para 4 e recomendou a evacuação total da ilha e áreas de alto risco em um raio de 14 km. A pluma de erupção constituída de vapor, gás e tefra intensificou-se significativamente e atingiu 10-15 km (32.800-49.200 pés) acima do nível do mar, produzindo relâmpagos frequentes. Cinzas úmidas caíram em áreas a favor do vento, incluindo a área norte até a cidade de Quezon (75 km). Segundo notícias, escolas e escritórios do governo foram obrigados a fechar e o Aeroporto Internacional Ninoy Aquino (56 km ao norte) em Manila suspendeu os voos. Cerca de 6.000 pessoas foram evacuadas. Os moradores descreveram fortes quedas de cinzas, baixa visibilidade e árvores caídas. Queda de cinzas foi relatada em uma ampla área.

A erupção progrediu para uma erupção magmática durante o período entre 02h49min-04h28min no dia 13 de janeiro, caracterizada por fraca fonte de lava acompanhada por trovões e relâmpagos. A atividade diminuiu brevemente e depois recomeçou com esporádicas e fracas fontes de lava e explosões que geraram plumas de coloração cinza escuro, carregadas de vapor, que ascenderam a 2 km de altura. Novos condutos laterais foram abertos no flanco N, produzindo fontes de lava com até 500 m de altura. Forte queda de cinzas impactaram áreas a sudoeste do vulcão. Os artigos noticiosos notaram que mais de 300 voos domésticos e 230 internacionais foram cancelados quando o Aeroporto Internacional Manila foi fechado entre 12 e 13 de janeiro. Algumas estradas ficaram intransitáveis e os serviços de eletricidade e água foram intermitentes. Quedas de cinzas em várias províncias causaram quedas de energia. As autoridades continuaram a evacuar áreas de alto risco em um raio de 14 km de Taal; em 13 de janeiro, mais de 24.500 pessoas haviam se mudado para 75 abrigos, de um total de 460.000 pessoas em 14 km.

Em um boletim divulgado as 08h00min de 14 de janeiro, o PHIVOLCS observou que a fonte de lava continuava a extrudir material vulcânico e as plumas de vapor ascendiam da cratera principal. Fissuras no flanco N produziram fontes de lava com até 500 m de altura. As emissões de dióxido de enxofre atingiram a média de 5.299 toneladas / dia em 13 de janeiro. As 13h00min, as fontes de lava geravam plumas de 800 m de altura, de coloração cinza escuro e carregadas de vapor, que se dispersaram na direção sudoeste. Novas fissuras no solo foram observadas em diversos locais no setor sudoeste do vulcão numa distância de até 18 km.

Às 08h00min de 15 de janeiro, o PHIVOLCS declarou que a atividade estava mais fraca; plumas cinzentas escuras e carregadas de vapor ascenderam cerca de 1 km e se dispersaram na direção sudoeste. Desde as 13h00min, de 12 de janeiro, a rede sísmica registrou um total de 446 terremotos vulcânicos, com 156 daqueles sentidos com Intensidades de I-V. Novas fissuras no solo foram relatadas no setor sudoeste. Imagens de satélite mostraram que o lago da Cratera Principal não existia mais e novas crateras se formaram dentro da Cratera Principal e no flanco N. De acordo com o Centro de Informações e Monitoramento de Operações de Resposta a Desastres (DROMIC), havia um total de 53.832 pessoas dispersas em 244 centros de evacuação até 18h00min em 15 de janeiro.

Segundo o PHIVOLCS, a erupção em Taal continuou entre 14 e 21 de janeiro, embora geralmente mais fraca. A atividade foi caracterizada pela formação de plumas de cinzas escuras, carregadas de vapor, que atingiram 1 km acima dos condutos na Cratera Principal e se dispersaram nas direções S e SW. As emissões de dióxido de enxofre variaram entre 4.186 em 15 de janeiro e 4.353 toneladas por dia em 20 de janeiro, embora tenha caído para 344 no dia 21 de janeiro. Uma diminuição do nível de água do Lago Taal foi observada pela primeira vez em algumas áreas em 16 de janeiro, mas foram relatados em todo o lago no dia seguinte. As rachaduras no solo aumentaram alguns centímetros, e uma nova fissura fumegante foi identificada no flanco N da ilha.

A Rede Sísmica das Filipinas (PSN) registrou, entre os dias 12 e 21 de janeiro, um total de 718 terremotos vulcânicos; 176 deles tinham magnitudes variando de 1,2 a 4,1 e foram sentidos com as intensidades de I-V. De acordo com o Centro de Informações e Monitoramento de Operações de Resposta a Desastres (DROMIC), havia um total de 148.987 pessoas em 493 centros de evacuação no dia 21 de janeiro. O nível de alerta permaneceu em 4 (em uma escala de 0-5).

Plumas esbranquiçadas, carregadas de vapor, ascenderam até 800 m acima do conduto principal de Taal entre 22 e 28 de janeiro e foram dispersas nos setores SW e NE; as emissões de cinzas cessaram por volta de 05h00min em 22 de janeiro. As cinzas remobilizadas foram sopradas para o quadrante SW em 22 de janeiro devido aos ventos fortes, afetando as cidades de Lemery (16 km ao SW) e Agoncillo, e atingiram até 5,8 km (19.000 pés) acima do nível do mar conforme relatado por pilotos de aeronaves.

O PHIVOLCS declarou que, desde os dias 12 e 13 de janeiro, a atividade da erupção freatomagmática no vulcão Taal tem enfraquecido. Tanto o número quanto a magnitude dos terremotos vulcânicos declinaram; em 21 de janeiro, os terremotos híbridos haviam cessado e o número e a magnitude dos eventos de baixa frequência haviam diminuído. Os dados de GPS registraram um repentino alargamento da Caldeira Taal em torno de 1 m, elevação do setor noroeste em aproximadamente 20 cm e subsidência da parte sudoeste da Ilha Vulcão em próximo de 1 m logo após a fase de erupção principal. A taxa dos padrões de deformação foi menor entre 15 e 22 de janeiro e geralmente corroborada por observações de campo; O lago Taal recuou cerca de 30 cm até 25 de janeiro, mas aproximadamente 2,5 m de recuo do nível da água do lago (devido à elevação) foram observados na porção sudoeste do lago, perto do vale do rio Pansipit, onde foram relatadas rachaduras no solo.

O nível de alerta foi reduzido para 3 (em uma escala de 0 a 5) em 26 de janeiro e o PHIVOLCS não recomenda a entrada na ilha do vulcão e no lago Taal, nem nas cidades situadas na porção oeste da ilha em um raio de 7 km. As emissões de dióxido de enxofre foram baixas, com 140 toneladas por dia em 22 de janeiro, mas em média cerca de 250 toneladas por dia até 26 de janeiro; as emissões foram de 87 toneladas por dia em 27 de janeiro e abaixo dos limites detectáveis ​​no dia seguinte. De acordo com o Centro de Informações e Monitoramento de Operações de Resposta a Desastres (DROMIC), havia um total de 125.178 pessoas em 497 centros de evacuação a partir em 28 de janeiro de 2020.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Fernandina, Galápagos

O Instituto Geofísico-Escuela Politécnica Nacional (IG) informou que um terremoto de 4,7 graus de magnitude (M) foi registrado as 16h42min do dia 12 de janeiro em Fernandina e seguido por um enxame de 29 terremotos locais, todos abaixo de 3,1° M. Uma nova erupção começou pouco antes das 18h10min, a partir de uma fissura circunferencial localizada perto da borda leste da caldeira, a elevações em torno de 1300-1400 m acima do nível do mar. Vários fluxos de lava desceram o flanco E. Os guardas florestais do Parque Nacional de Galápagos testemunharam a erupção da estação do Canal Bolívar. Uma nuvem de gás atingiu 1,5-2 km acima da fissura e se dispersou na direção WNW. Um segundo pico de sismicidade foi registrado 30-40 minutos após o início da erupção e depois diminuiu gradualmente. As emissões de gases diminuíram pouco depois de 21h00min e as anomalias térmicas começaram a diminuir gradualmente.

Um relatório do IG de 23 de janeiro observou que a sismicidade aumentou após a erupção de aproximadamente nove horas de 12 de janeiro em Fernandina, caracterizada por terremotos esporádicos com magnitudes maiores que 3 e pequenos enxames. O terremoto mais forte foi de 4,2 graus de magnitude registrado em 21 de janeiro. A maioria dos terremotos foi superficial, embora ocasionalmente alguns estivessem localizados a profundidades superiores a 10 km. Deformação de aproximadamente 35 cm foi detectada em torno das fissuras que produziram os fluxos de lava. Os fluxos de lava emitidos em 12 de janeiro cobriram uma área aproximada de 3,8 quilômetros quadrados; nenhuma anomalia térmica nem emissão de gases foram registradas desde a erupção.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Nevados del Chillan, Chile

O Servicio Nacional de Geología y Minería (SERNAGEOMIN) informou que pequenas explosões nos dias 28 a 29 de janeiro expulsaram blocos incandescentes, visíveis à noite. Em 30 de janeiro, às 13h56min, uma explosão gerou uma nuvem de gás e cinzas que se elevou 3,4 km acima da borda da cratera; partes da pluma colapsaram, gerando fluxos piroclásticos que se deslocaram nas direções NE e SE. Duas anomalias térmicas foram identificadas nas imagens de satélite, uma no conduto CE4 (originado em novembro de 2019) e a segunda em um conduto novo chamado CE5, formado a 60 metros a noroeste do centro de CE4. Não houve avanço dos fluxos de lava (L1, L2, L3 e L4) desde 24 de novembro de 2019. O número de terremotos e tremores de longo período associados a explosões diminuiu consideravelmente após dezembro de 2019. O nível de alerta do vulcão permaneceu em laranja, o segundo nível mais alto em uma escala de quatro cores.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Sangay, Equador

O Instituto Geofísico-Escuela Politécnica Nacional (IG) relatou um elevado nível de atividade em Sangay entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro, embora as nuvens meteorológicas frequentemente impedissem a confirmação visual. Plumas de cinzas, vapor e gás atingiram entre 880 a 1.200 m acima do cume entre os dias 27 e 29 de janeiro. Pequena queda de cinzas foi relatada em Púngala e em várias comunidades da província de Chimborazo nos dias 27 e 28 de fevereiro. Um fluxo piroclástico desceu o flanco SE em 28 de janeiro, atingindo o rio Volcán e causando lahars secundários no rio. Blocos incandescentes rolaram pelo flanco SE em 29 de janeiro. Quedas de cinzas menores foram relatadas na província de Chimborazo (W), particularmente nas cidades de Cebadas (35 km WNW) e Palmira (46 km W). Em 30 de janeiro, os moradores da cidade de Alao (20 km a noroeste) relataram que a vegetação estava coberta de finas cinzas brancas. Uma emissão de cinzas ascendeu 570 m acima do cume e se deslocou na direção oeste em 31 de janeiro.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Rincón de la Vieja, Costa Rica

O Observatorio Vulcanologico y Sismologico de Costa Rica-Universidad Nacional (OVSICORI-UNA) informou que as 12h13min de 31 de janeiro ocorreu uma erupção freática no vulcão Rincón de la Vieja, que ejetou material sobre os flancos N e gerou uma pluma que atingiu 2 km acima da borda da cratera. Lahars desceram rios no flanco N e alcançaram áreas povoadas 7-10 km rio abaixo, cerca de 40 minutos após a erupção.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Fuego, Guatemala

O Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia, e Hidrologia (INSIVUMEH) informou que ocorreram de 8 a 17 explosões por hora no vulcão Fuego no período de 14 a 21 de janeiro, gerando plumas de cinzas que atingiram 1,1 km acima da borda da cratera e geralmente se dispersaram entre 10-22 km a sudoeste e oeste. Queda de cinzas foi relatada em várias áreas a favor do vento. Em algumas ocasiões, as explosões produziram ondas de choque que sacudiram casas em comunidades dentro de um raio de 7 km, embora tenham sido sentidas até 25 km de distância entre 19 e 20 de janeiro. O material incandescente foi ejetado de 100 a 500 m de altura e causou avalanches de material que ocasionalmente percorriam longas distâncias (atingindo áreas vegetadas) por diversas drenagens que descem a montanha.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Etna, Sicília, Itália

O Osservatorio Etneo – Sezione di Catania (INGV) relatou atividade eruptiva contínua nas Crateras Voragine (VOR), Nova New Southeast Crater (NSEC) e Northeast Crater (NEC) do vulcão Etna entre os dias 21 e 26 de janeiro. O cone no VOR produziu explosões do tipo estrombolianas que aumentaram em freqüência e resultaram no crescimento rápido do cone (especialmente a parte N). A lava se deslocou pelo flanco sul do cone e entrou na cratera Bocca Nuova adjacente, enchendo o conduto leste (BN-2). A atividade na NEC foi caracterizada por atividade estromboliana descontínua e emissões periódicas de plumas de cinza muito difusas. Entre 21 e 22 de janeiro, ocorreram vários episódios de emissão de cinzas na NSEC, originários do conduto que foi aberta em 11 de dezembro de 2019 ao lado da área de sela. As emissões de cinzas raramente ascenderam do conduto leste.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Reykjanes, Islândia

O Icelandic Met Office (IMO) relatou uma possível acumulação de magma sob Reykjanes, localizada ao longo do limite da placa abaixo do sistema de fissuras Svartsengi, a oeste de Thorbjorn. As deformações começaram no dia 21 de janeiro e foram extraordinariamente rápidas, com a taxa de inflação ocorrendo entre 3-4 mm por dia (3 cm no total até 29 de janeiro), conforme detectado pelo InSAR e por dados contínuos de GPS. A acumulação de magma, se essa era a causa da inflação, foi considerada pequena, com um volume estimado de 1 milhão de metros cúbicos, a 3-5 km de profundidade. A deformação na península de Reykjanes havia sido medida por três décadas sem sinais anteriormente comparáveis.

Um enxame de terremotos acompanhou a deformação, a leste do centro da inflação. Os maiores terremotos mediram 3.6 e 3.7 graus de magnitude, registrados em 22 de janeiro, e foram sentidos amplamente na península de Reykjanes e até a região de Borgarnes. Os enxames de terremotos são relativamente comuns, embora, mas ocorrendo juntamente com a deformação, levou o IMO a elevar o Código da Aviação para Amarelo em 26 de janeiro. O enxame estava em declínio em 26 de janeiro. Em 29 de janeiro, o IMO declarou que os dados mostravam elevação contínua e o enxame de terremotos estava em andamento.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Merapi, Java, Indonésia

O Pusat Vulkanologi dan Mitigasi Bencana Geologi (PVMBG) informou que um número relativamente alto de terremotos vulcânicos profundos foram registrados no vulcão Merapi entre os dias 30 de dezembro e 5 de janeiro. A rede sísmica registrou um fluxo piroclástico que começou as 20h36min do dia 4 de janeiro e durou um minuto e 45 segundos. O evento não foi observado visualmente devido a condições climáticas. Pequena queda de cinzas foi relatada em Cepogo (4 km a NE) e Boyolali (16 km a E). O Nível de Alerta permaneceu em 2 (em uma escala de 1 a 4), e os moradores foram avisados para permanecer fora da zona de exclusão de 3 km.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Kushinoerabujima, Ryukyu, Japão

O Japan Meteorological Agency (JMA) informou que uma erupção no vulcão Kuchinoerabujima começou as 15h05min do dia 11 de janeiro e produziu nuvens de cinzas que se elevaram 2 km acima da borda da cratera, deslocadas na direção leste e depois desapareceram em uma nuvem climática. Tefra foi ejetada a 300 m da cratera, e foi relatado queda de cinzas na ilha vizinha de Yakushima. A erupção continuou até as 07h30min de 12 de janeiro, produzindo plumas de cinzas que se elevaram 400 m acima da borda da cratera e foram dispersas na direção sudoeste; depois, apenas plumas brancas foram visíveis ascendendo a uma altura de 600 m. O Nível de Alerta permaneceu em 3 (o nível médio em uma escala de 1 a 5).

Eventos eruptivos muito pequenos foram registrados em Kuchinoerabujima nos dias 20, 23 e 24 de janeiro, e produziram plumas branco-acinzentadas que se elevaram 500 m acima da borda da cratera. Queda de cinzas a 2 km a nordeste da cratera foi confirmado durante observações aéreas em 23 de janeiro. O número de terremotos vulcânicos aumentou entre 25 e 26 de janeiro. Um evento eruptivo foi registrado a 01h48min em 27 de janeiro, embora as nuvens meteorológicas tenham impedido a confirmação visual; tremor vulcânico, alterações nos dados de inclinação e sinais de infra-som acompanharam o evento. As emissões de dióxido de enxofre foram de 200 a 1.000 toneladas por dia entre 20 e 27 de janeiro; O JMA caracterizou as emissões de 600 a 1.000 toneladas por dia como altas.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


White Island, Nova Zelândia

A GeoNet informou nos dias 6 e 15 de janeiro que o vulcão White Island permaneceu em um estado elevado de agitação. As emissões de vapor e gás muito quentes (440 graus) continuaram a aumentar a partir dos condutos formados na erupção de 9 de dezembro, fazendo com que incandescência fosse registrada em câmeras infravermelhas posicionadas próximas. O tremor vulcânico diminuiu para níveis baixos em 14 de dezembro de 2019 e permaneceu baixo desde então. O movimento contínuo da parte detrás dos depósitos de deslizamento de terra do ano de 1914 foi detectado e continuará sendo monitorado. Às vezes, pequenas quantidades de cinza ascenderam do conduto ativo devido a colapsos nas paredes, em 23 e 26 de dezembro. Três episódios de tremor de curta duração registrados entre 8 e 10 de janeiro foram acompanhados por pequenas explosões nos condutos ativos. As taxas de emissão de dióxido de enxofre ficaram dentro da faixa normal, sugerindo nenhum movimento adicional de magma desde logo após a erupção de dezembro. O nível de alerta permaneceu em 2 e o código de cores da aviação foi reduzido para amarelo.

Em 22 de janeiro, o GeoNet informou que lava foi extrudida dentro dos condutos ativos criados pela erupção de 9 de dezembro. As medições de gases no ar indicaram altos níveis em 21 de janeiro e a temperatura no conduto estava muito quente a mais de 400 graus Celsius. Segundo uma reportagem, outra pessoa morreu como resultado da erupção, elevando o número total de mortes para 20. O nível de alerta vulcânico permaneceu em 2 e o código de cores da aviação permaneceu em amarelo.

Em 4 de fevereiro, a GeoNet informou que o vulcão White Island permaneceu em um estado elevado de agitação. As temperaturas na área do conduto permaneceram muito quentes a mais de 550-570 graus Celsius. As emissões de gases medidas durante um sobrevoo em 30 de janeiro diminuíram em comparação à semana anterior, mas permaneceram em níveis elevados. Nenhuma mudança na área de ventilação, no lago em recuo ou na área de extrusão de lava foi visualmente aparente. Um movimento contínuo da parede traseira da cratera oeste dos depósitos de deslizamentos de terra de 1914 foi identificado em imagens de satélite, embora não tenha sido observado durante o sobrevoo. Segundo a polícia da Nova Zelândia, outra pessoa morreu como resultado da erupção, elevando o número total de mortes para 21. O nível de alerta vulcânico permaneceu em 2 e o código de cores da aviação permaneceu em amarelo.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Shishaldin, Unimak Island, Arquipélago das Aleutas

O US Geological Survey Alaska Volcano Observatory (AVO) informou que a erupção no vulcão Shishaldin continuou entre os dias 1 e 7 de janeiro. A sismicidade foi baixa entre 1 e 2 de janeiro e temperaturas elevadas da superfície identificadas em várias imagens de satélite indicaram efusão contínua de lava. A sismicidade começou a aumentar às 9h30min do dia 3 de janeiro e, em poucas horas, um breve período de emissões contínuas de cinzas produziu plumas que ascenderam até 8,2 km acima do nível do mar e percorreram cerca de 120 km na direção sudeste. A pluma de cinzas produziu pequenas quantidades de raios vulcânicos. A sismicidade diminuiu abruptamente após o evento. Imagens de satélite adquiridas no dia seguinte não mostraram atividade notável; depósitos de cinzas do dia anterior manteavam os flancos superiores, lahars foram visíveis nas partes superiores do edifício e no flanco SW, e os fluxos de lava nos flancos superiores do noroeste e do nordeste tinham 1-2 km de comprimento. Entre 5 e 6 de janeiro, a sismicidade foi baixa, mas acima dos níveis de normais e temperaturas superficiais elevadas foram visíveis nas imagens de satélite. Uma foto tirada de Cold Bay (93 km a NE) em 6 de janeiro mostrou fluxos de lava brilhantes no flanco do vulcão.

A sismicidade aumentou por volta das 05h00min do dia 7 de janeiro e foi seguida por observações de uma nuvem de cinzas sendo soprada na direção NE a uma altitude de cerca de 5,8 km acima do nível do mar. A sismicidade diminuiu por algumas horas. Outro episódio de sismicidade elevada foi acompanhado por um aumento na altitude da pluma de cinzas que atingiu 7,6 km acima do nível do mar e parecia ter um teor de cinzas mais denso. O código de cores da aviação foi elevado para vermelho. Raios foram detectados na nuvem vulcânica e sinais de infra-som vulcânicos (que registram atividades ocorrendo próximo ou em torno do conduto vulcânico ativo) foram detectados nas estações regionais. A sismicidade diminuiu significativamente por volta das 12h00min e permaneceu baixa. Mais tarde naquele dia, o código de cores da aviação foi reduzido para laranja.

O AVO posteriormente resumiu a atividade eruptiva de 7 de janeiro no vulcão Shishaldin, caracterizando o período de atividade entre 05h00min-12h00min como a atividade explosiva mais contínua da sequência eruptiva até agora. As plumas de cinzas se movimentaram por mais de 200 km na direção ENE, sendo ricas em cinzas entre as 09h00min e as 12h00min, causando vários cancelamentos de voos e pequenas quedas de cinzas em Cold Bay. As temperaturas elevadas da superfície continuaram sendo identificadas nas imagens de satélite entre 7 e 10 de janeiro, indicando derrame de lava; a sismicidade diminuiu, mas permaneceu acima dos níveis de fundo. Imagens de satélite adquiridas entre 10 e 14 de janeiro mostraram temperaturas fracas da superfície, indicando lava em resfriamento; a sismicidade no período permaneceu acima dos níveis de fundo.

O AVO informou que, após quase uma semana de condições relativamente tranquilas em Shishaldin, a sismicidade começou a aumentar entre os dias 16 e 17 de janeiro, e, paralelamente, a temperatura da anomalia térmica aumentou levemente. A atividade intensificou-se às 00h30min de 19 de janeiro e por volta das 06h30min à pluma tornou-se mais rica em cinzas. As 08h28min, a nuvem de cinzas atingiu 6,1 km (20.000 pés) acima do nível do mar, percorrendo 150 km na direção leste, levando o AVO a elevar o Código de Cores da Aviação para Vermelho. Fluxos de lava desceram os flancos NE e N e geraram lahars. As 15h30min, a sismicidade diminuiu abruptamente, embora, ao mesmo tempo, a robusta pluma de vapor e cinzas (visível para os pilotos e em imagens de webcam e satélite) atingisse 9,1 km (30.000 pés) de altura e continuasse se estendendo por 150 km na direção SSE. As emissões de cinzas declinaram significativamente as 22h00min junto com a sismicidade; o Código de Cores da Aviação foi reduzido para Laranja logo após a meia-noite da manhã seguinte. Entre 20 e 21 de janeiro, temperaturas elevadas da superfície foram identificadas nas imagens de satélite, embora o fluxo do flanco N não estivesse ativo. A sismicidade permaneceu acima dos níveis de fundo e coincidiu com detecções de dados infra-sonográficos que sugeriam pequenas explosões na abertura. O vapor do cume era visível nas imagens da webcam.

O AVO informou que a atividade sísmica no vulcão Shishaldin permaneceu acima dos níveis de fundo entre 22 e 28 de janeiro. As temperaturas elevadas da superfície continuaram sendo identificadas nas imagens de satélite, embora tenham ficado fracas entre 26 e 28 de janeiro. Dados do infra-som sugeriram que pequenas explosões ocorreram no cume entre 22 e 23 de janeiro. Pequenas nuvens de vapor do cume foram visíveis nos dias 22, 23 e 26 de janeiro. O código de cores da aviação permaneceu em laranja.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Semisopochnoi, Arquipélago das Aleutas

No dia 9 de janeiro o US Geological Survey Alaska Volcano Observatory (AVO) reduziu o código de cores da aviação do vulcão Semisopochnoi para Amarelo, observando que explosões não foram mais detectadas desde 19 de dezembro de 2019. Além disso, o tremor sísmico foi registrado pela última vez em 29 de dezembro de 2019; a sismicidade posteriormente declinou, mas permaneceu acima dos níveis de fundo (background).

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


Klyuchevskoy, Kamchatka

O Kamchatkan Volcanic Eruption Response Team (KVERT) informou que uma anomalia térmica sobre o vulcão Klyuchevskoy foi identificada em imagens de satélite entre 17 e 24 de janeiro. A atividade explosiva estromboliana foi visível diariamente, e a atividade vulcaniana foi evidente em 22 de janeiro. As explosões produziram nuvens de cinzas que atingiram de 5 a 6 km (16.400-19.700 pés) acima do nível do mar; uma nuvem de cinzas se dispersou por 460 km na direção leste em 22 de janeiro. O código de cores da aviação permaneceu em laranja.

O KVERT informou que a atividade explosiva estromboliana no vulcão Klyuchevskoy continuou sendo visível entre os dias 24 e 31 de janeiro e uma anomalia térmica foi identificada nas imagens de satélite nos dias 27 e 28 e 30 de janeiro. Explosões no dia 30 de janeiro geraram nuvens de cinzas que atingiram 5,5 km (18.000 pés) acima do nível do mar e percorreram 282 km na direção leste. O código de cores da aviação permaneceu em laranja.

Fonte: Smithsonian/USGS Weekly Volcanic Activity Report


 

 

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